Victoria Rodrigues de Sousa dos Santos
Um estudo
transversal, baseado em dados da National
Health Interview Survey, avaliou a
prevalência de dor crônica entre adultos
norte-americanos, de 18 a 64 anos, que se
identificam como minorias sexuais. Como
resultados, observou-se que adultos de
minorias sexuais são mais propensos a
consumir álcool ou tabaco de maneira
excessiva e têm menor probabilidade de serem
casados ou terem filhos, além disso, o nível
de atividade física inadequado é comum. Os
adultos bissexuais são particularmente
jovens e com elevada obesidade, enquanto
gays e lésbicas em geral têm maior grau de
escolaridade, fator protetor para a dor.
Também foi observado que pessoas bissexuais
e que se identificam como minorias sexuais,
em maior parte vivem em famílias com renda
baixa, e apresentam maiores níveis de
sofrimento psicológico. Em relação a dor, a
faixa com maior limiar de dor e dor crônica
se encontrou entre idosos bissexuais e/ou
que se entendem como minorias identitárias e
sexuais.
Somado a isso,
foram relacionadas covariáveis, como medidas
demográficas, socioeconômicas, de saúde e de
sofrimento psicológico. O estudo foi
conduzido entre 2013 e 2018, com base em 6
perguntas que definiam a orientação sexual e
qual o tipo de dor que sentiam.
As variáveis
citadas no estudo dizem respeito a dados
demográficos; raça/etnia, região de
residência, idioma de entrevista, estado
civil, ter filhos em casa; características
socioeconômicas; comportamentos de saúde,
como tabagismo e uso de álcool; experiências
de saúde, obtida pela satisfação com
atendimentos médicos anteriores e o local de
atendimento e sofrimento psicológico. Com
isso, foi estimada a prevalência da dor e a
interferência das covariáveis.
Referências:
Zajacova A, Grol-Prokopczyk H, Liu H, Reczek
R, Nahin RL. Chronic pain among U.S. sexual
minority adults who identify as gay, lesbian,
bisexual, or "something else". Pain.
2023;164(9):1942-1953. doi:10.1097/j.pain.0000000000002891
Alerta
submetido em 10/11/2023 e aceito em
20/12/2023.