Maria Clara Alexandroni Cordova de Sousa
Pesquisadores
da Universidade Estadual de Roraima,
localizado no Brasil, conduziram, em junho
de 2024, uma revisão narrativa para
investigar a relação entre abuso sexual
infantil e dores crônicas
musculoesqueléticas, como a fibromialgia. O
objetivo do estudo foi compreender os
mecanismos por trás dessa conexão a fim de
auxiliar em uma melhor abordagem
multidisciplinar para a prevenção e
tratamento da dor musculoesquelética. A
descoberta principal foi que o trauma de uma
violência pode desregular o sistema nervoso
central, causando uma sensibilização
central, e dessa forma, amplificando a dor.
Foram
utilizados artigos sobre crianças e
adolescentes, abuso sexual, fibromialgia e
dor musculoesquelética, sendo aceitos
artigos da base de dados PubMed e Google
Scholar dos últimos 10 anos, em inglês,
português e espanhol. Após a análise dos
artigos escolhidos e observando a relação
entre a dor musculoesquelética e abuso
sexual infantil, foi possível perceber o
impacto que esses eventos traumáticos causam
na qualidade de vida dos indivíduos na fase
adulta. Ademais, os pesquisadores ressaltam
que o diagnóstico precoce, bem como a
prevenção do abuso infantil, pode ajudar a
minimizar o sofrimento e diminuir a
incidência da doença.
Destarte, o
artigo é relevante para a comunidade médica,
uma vez que é recomendado que a equipe tenha
compreensão sobre os mecanismos
neurobiológicos, além dos aspectos
biopsicossociais dos pacientes que sofreram
abusos na infância, para que o tratamento
possa ser eficaz e melhorar a qualidade de
vida desses indivíduos.
Referência:
Oliveira EP, Chaves MF, Silva NL, Ishtiaq JM,
Lima GM. Abuso sexual na infância e
adolescência como fator de risco para
fibromialgia e dor musculoesquelética: uma
revisão narrativa. Braz J Health Rev.
2024;7(3):e70905. doi:10.34119/bjhrv7n3-491