Luana Júlia Faria Gonçalves
Diferentes
estímulos dolorosos como frio e calor podem
ter reações diferentes de acordo com o
gênero. Um estudo feito no Canadá analisou
em camundongos como a diferença de sexo pode
estar relacionado ao comportamento sensorial
em situações de estimulação dolorosa como
mecânica, calor e frio. Com o objetivo de
uma compreensão mais profunda sobre os
mecanismos específicos que estão
relacionados com a dor. Para a análise foi
utilizado um método quantitativo que se
baseia na prevenção de conflitos. Foi
observado que existe uma relação entre o
sexo e à reação a dor. Para os camundongos
que não sofreram a cirurgia, os machos
demonstraram uma aversão maior ao frio se
comparada com as fêmeas e eles são menos
sensíveis a estímulos mecânicos, já no caso
dos que sofreram a lesão nervosa às fêmeas
sentiram uma grande aversão ao frio
indicando que pode estar relacionado ao gene
CGRPa. Esse achado condiz com uma descoberta
em voluntários humanos que demonstrou que as
mulheres exibem uma maior hipersensibilidade
ao frio.
No estudo
foram utilizados camundongos que
inicialmente foram submetidos a um protocolo
de treinamento por 4 dias sem a presença dos
estímulos dolorosos, onde eles foram
ambientados à sala que posteriormente seria
usada para os testes. Alguns dos camundongos
foram submetidos a uma pequena cirurgia de
lesão nervosa para uma medição mais precisa
durante os testes sensoriais e uma
comparação com aqueles camundongos que não
sofreram este procedimento.
Referência:
Ferland, S., Wang, F., De Koninck, Y., &
Ferrini, F. (2024). An improved conflict
avoidance assay reveals modality-specific
differences in pain hypersensitivity across
sexes. Pain, 165(6), 1304–1316. https://doi.org/10.1097/j.pain.0000000000003132