Pesquisadores
comprovaram correlações positivas
significativas entre estigma e intensidade
da dor, incapacidade e depressão, com
efeitos pequenos a moderados. Hickling et
al. (2023) realizaram uma meta-análise e
revisão sistemática para investigar a
correlação entre estigma e resultados de dor
crônica. Os autores concluíram que o estigma
está significativamente associado à dor
crônica, incapacidade e depressão.
A pesquisa
revisou 168 estudos completos, dos quais 19
(com 18.822 participantes) atenderam aos
critérios de inclusão: participantes adultos
com dor crônica não maligna (≥3 meses),
medidas de estigma e estudos publicados em
inglês. Foram utilizados cinco bancos de
dados (Medline, Embase, CINAHL, PsycINFO e
Web of Science) e literatura cinzenta (OpenGrey).
A maioria dos estudos foi conduzida nos
Estados Unidos, a variação da idade média
dos participantes foi de 38 a 60 anos, e a
maioria era do sexo feminino. Foram
utilizadas quatorze ferramentas diferentes
para medir o estigma entre os estudos, sendo
a Escala de Estigma Internalizado em Pessoas
Vivendo com Dor Crônica (ISCP) a mais comum.
Devido à
variabilidade nas definições e à imprecisão
decorrente da subjetividade do tema, há
limitações no estudo. Isso indica a
necessidade de mais pesquisas para
aprofundar o entendimento e melhorar as
intervenções no manejo da dor crônica.
Referências:
Hickling, L. M., Allani, S., Cella, M., &
Scott, W. (2024). A systematic review with
meta-analyses of the association between
stigma and chronic pain outcomes. Pain,
165(8), 1689–1701. https://doi.org/10.1097/j.pain.0000000000003243