Pessoas com
maior escolaridade tiveram prevalência menor
de dor frequente. Um estudo publicado em
2025, verificou dados de 92.204 indivíduos
da China, Estados Unidos, Índia e
Inglaterra. Ele examinou relações entre
educação, gênero e a prevalência de dor
frequente, e características relacionadas à
dor, entre indivíduos a partir de 50 anos. A
pesquisa buscou fornecer informações que
possam auxiliar em políticas públicas e
intervenções futuras relacionadas aos
diferentes padrões entre os países na
população especificada.
Trata-se de um
estudo transversal, com dados de quatro
estudos de cada país, sendo eles: “Health
and Retirement Study” (HRS) dos EUA,
“English Longitudinal Study of Ageing” (ELSA)”
da Inglaterra, “China Health and Retirement
Longitudinal Study” (CHARLS) da China e o
“Longitudinal Aging Study in India” (LASI)
da Índia. Os participantes foram
questionados por autorrelato se tinham dor
frequente, para classificar a prevalência do
quadro. A intensidade, impacto nas
atividades de vida diárias e o uso de
medicações também foram analisadas.
A maior
escolaridade foi inversamente proporcional à
prevalência de dor frequente. É recomendado
que pesquisas na área da dor devem
considerar entre fatores sociais a
interseção da escolaridade e gênero. As
limitações da pesquisa incluem desafios na
comparação de dados entre diferentes
culturas, limitações de definir as causas
por ser um estudo transversal e vieses de
autorrelato.
Referência: Li
C, Liu C, Ye C, Lian Z, Lu P. Education,
gender, and frequent pain among middle-aged
and older adults in the United States,
England, China, and India. Pain.
2025;166(2):388-397. doi:10.1097/j.pain.0000000000003349