Um novo estudo
revelou que tanto os fatores centrais quanto
os periféricos desempenham papéis
significativos e independentes no
desenvolvimento da osteoartrite (OA)
sintomática no joelho. Conduzido por
Thompson, a pesquisa utilizou dados
genéticos de uma ampla amostra do UK Biobank.
A investigação, realizada no Reino Unido,
analisou como o índice de massa corporal (IMC)
e a dor crônica em múltiplos locais (MCP)
influenciam a progressão da OA, concluindo
que fatores periféricos, como o IMC, exercem
uma influência mais forte do que os fatores
centrais.
Para chegar a
esses resultados, os pesquisadores
analisaram dados genéticos de uma vasta
população, utilizando como base o UK Biobank.
O estudo aplicou métodos de análise genômica
ampla para explorar a conexão entre a dor
crônica disseminada e o desenvolvimento da
OA, adotando o IMC como substituto para os
fatores periféricos. Além disso, foram
utilizados mapas corporais para avaliar a
extensão da dor. Para aqueles que não estão
familiarizados com o uso de mapas corporais,
o mais relevante não é qual mapa é
utilizado, mas sim quantas regiões de dor o
paciente possui. Vale destacar que, embora
mapas com muitos locais possam ajudar na
localização anatômica da dor, a dor regional
pode ser erroneamente contada como dor em
múltiplos locais.
Dessa forma,
este artigo sublinha a relevância dos
fatores centrais na osteoartrite, sugerindo
que a avaliação da dor disseminada pode
aprimorar o manejo da condição. Os achados
reforçam a importância de personalizar o
tratamento da OA com base na extensão da dor
e nas características individuais dos
pacientes. Contudo, a utilização do IMC como
substituto para fatores periféricos destaca
a necessidade de mais pesquisas que explorem
outros indicadores periféricos.
Referências:
Clauw DJ. Why don't we use a body map in
every chronic pain patient yet?. Pain.
Published online February 1, 2024. doi:10.1097/j.pain.0000000000003184