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Alerta da edição mensal

 

 

Efeitos do comprometimento postural e mobilidade na cervicalgia

Mikaely Louise Alves de Souza
Tiago Sousa Reis

 

O estudo, promovido pela Universidade Estadual de Londrina, realizado entre 2015 e 2017, analisou o impacto da dor cervical com o comprometimento postural, aumento do índice de massa corporal de professores da rede estadual de ensino fundamental e médio.

 

Foram convocados 54 professores de ambos os sexos, entre 18 e 60 anos, em atividade há ao menos 12 meses sem ocorrências de afastamento por mais de 30 dias. Foram realizados testes em posição bipodal e semitandem na plataforma de força, para avaliação do controle postural. As informações clínicas foram obtidas por meio da realização de anamnese pela Clínica Fonoaudiológica (UNOPAR), foi utilizada a escala visual analógica para avaliação da dor, a plataforma de sinais de força avaliou o controle postural e o instrumento flexímetro para a mobilidade cervical. Os testes foram realizados em superfícies rígidas e posteriormente de espuma, com os participantes descalços e com os braços junto ao corpo, realizando movimentos de rotação, flexão, extensão e flexão lateral. A dor cervical acometeu 35,2% dos participantes, 20,4% tinham severa dificuldade da mobilidade e 30,8% eram obesos.

 

Os subgrupos que possuíam uma leve dificuldade da mobilidade apresentaram melhor desempenho em posição bipodal, diferentemente dos com média e severa dificuldade, quando a posição foi alterada para semitandem. Aqueles com cervicalgia possuíam maior desequilíbrio da postura e limitações da mobilidade cervical associados à posição semitandem, com a base de apoio reduzida. O estudo evidenciou que pessoas obesas têm maior desequilíbrio postural, podendo ser justificado pela pressão plantar e não foi associado à cervicalgia.

 

Conclui-se que, na posição semitandem, os professores com cervicalgia e com comprometimento severo da mobilidade cervical apresentaram maior desequilíbrio postural. Tais consequências para os casos clínicos, levam ao comprometimento muscular, doenças ocupacionais, entre outros. É necessário maiores estudos nesta área, devido à escassez de informações encontradas.

 

Referências: Dias, Ana Carolina Marcotti et al. Impact of cervical pain, neck mobility, and body mass index on teachers' postural control. Revista CEFAC [online]. 2023, v. 25, n. 1:

 

Alerta submetido em 27/09/2023 e aceito em 07/11/2023.