As dores
relacionadas ao câncer impactam diretamente
as atividades de vida diária e a qualidade
de vida dos pacientes. O presente estudo,
realizado na Austrália pela Escola de
Ciências da Saúde e Serviço Social e seus
afiliados, avaliou os efeitos do exercício
físico na dor oncológica em todos os tipos
de câncer, como também, os possíveis fatores
que influenciam nesses efeitos (como o tipo
de exercício, intensidade, duração, momento
do tratamento). Teve como embasamento
estudos publicados até 10 de janeiro de 2023
e realizou revisão sistemática com
meta-análise. Foi confirmado que o exercício
físico não agrava a dor relacionada ao
câncer e pode ser benéfico para a população
oncológica no geral.
Foram
incluídos dados de 5.877 participantes. O
câncer de mama foi o tipo de câncer mais
prevalente e a maioria dos estudos avaliaram
a intervenção de exercícios durante o
período ativo de tratamento com
quimioterapia e/ou radioterapia. Analisou-se
intervenções aeróbicas, de resistência,
mistas (aeróbico e de resistência) e outros
exercícios. Na maioria dos estudos a duração
das intervenções foi de 12 semanas ou mais,
e para a medição da dor foram utilizados
questionários e escalas validadas.
Os estudos que
envolveram mulheres com câncer de mama e
pessoas diagnosticadas com mais de dois
tipos de câncer apresentaram uma melhora
significativa. Para que haja uma maior
compreensão sobre esse fenômeno, é
necessário aprimorar as categorizações sobre
a dor e realizar mais estudos sobre este
assunto.
Referências:
Plinsinga ML, Singh B, Rose GL, et al. The
Effect of Exercise on Pain in People with
Cancer: A Systematic Review with
Meta-analysis. Sports Med.
2023;53(9):1737-1752. doi:10.1007/s40279-023-01862-9
Alerta submetido em 29/09/2023 e aceito
em 21/11/2023.